domingo, 29 de julho de 2012

Blog#8 - História

Criar a trilha sonora tem sido trabalhoso, é preciso ao mesmo tempo repetir os temas certos nos momentos corretos e criar seções novas para cada pedaço da história. Apesar de ser imprescindível a presença dos outros temas, cada faixa precisa ter sua característica própria pois representa um evento particular dentro da narrativa, para criar melhor estes sons tento também desenvolver o meu próprio roteiro que me ajude a entender que sentimento deve ser expresso na próxima nota.

Assim nascem histórias nas quais os títulos das faixas fazem algum sentido. Tudo parece começar a se encaixar, pelo menos por alguns segundos já é possível enxergar o que será o resultado final, em outros momentos, no entanto, parece que quase nada foi feito. Ao poucos o meu próprio filme toma forma, junto com os sons. Estou ao mesmo tempo ansioso para mostrar tudo que já fiz e receoso de ainda estar muito longe do final.

Tento anotar o maior número de idéias possíveis sobre tudo que quero fazer; a arte gráfica, os temas de ação, os títulos das faixas, o que devo deixar sugerido neles e o que deve ser uma reticiência. Uma grande brainstorm que no momento parece mais confundir do que organizar mas que dentro de pouco tempo deve mostrar seus frutos.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Blog#7 - Mostrando Trabalho

2 dias sem post, perdão, para compensar vou mostrar que realmente estou trabalhando. Veja uma prévia de uma  música na qual estou trabalhando abaixo.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Blog#6 - Quebra-Cabeças

Pra qualquer um que tenha ouvido pelo menos metade de uma trilha sonora é perceptível a repetição de pequenos temas em cada música, o que dá unidade para ambos, a trilha e o filme. É um processo até divertido, é como pegar os temas principais, jogá-los no chão e quebrá-los em mil pedacinhos, só pra depois ter o prazer de reunir esses temas de formas diferentes. Um quebra-cabeças ou uma construção de lego.
Para os curiosos, tá ficando mais ou menos assim

É preciso pegar os pedaços mais importantes e tentar juntá-los de forma harmônica para que realmente soem como parte de mesmo mundo e não duas melodia forçadas a se juntar como um casamento prometido pelos pais (nesse caso eu). Utilizar temas diferentes numa mesma peça é onde fica a arte do negócio, é como fazer um "mash up" com as próprias composições.
Um compositor que faz isso muito bem é Hans Zimmer (meu ídolo :D), seu maior exemplo é talvez Drink Up Me Hearties de Piratas do Caribe No Fim Do Mundo onde ele encaixa logo no começo o tema de Jack Sparrow com o tema principal e em seguida o de ação. A peça característica desse episódio se segue no tema de Cingapura e se desmancha por fim no tema de Will e Elizabeth. Simplesmente genial!
Montar tudo isso é divertido, o difícil e fazer ficar bom.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Blog#5 - Inspiração

Desde que o primeiro sabiá cantou suas primeiras notas musicais o mundo da música não é original, existem 7 notas que são usadas de milhares de maneiras diferentes em contextos diferentes e não há uma pessoa que não se inspirem em outros sons para criar o seu próprio. Eu como pessoa também me inspiro nos outros. No pop rock nomes como Coldplay, The Killers, Kanye West, Arcade Fire, Skank e muitos outros me inspiram e me movem a tentar fazer algo novo.

No universo das trilhas sonoras o primeiro nome que me vem é Hans Zimmer, ganhador do Oscar com O Rei Leão, que produz trilhas únicas, repletas de percussão. A tensão nos seus temas de ação é impressionate, minha favorita é de O Cavaleiro das Trevas (2008) produzida em conjunto com James Newton Howard, simplesmente genial. Outros grandes momentos são suas trilhas para Piratas do Caribe (em especial o terceiro), o já famoso BUMMM de A Origem (elevando a um novo nível as notas longas que já havia explorado em Batman Begins e Cavaleiro das Trevas) e a peculiar música de Sherlock Holmes.

Um nome da música instrumental que também me chama muito a atenção é Jon Hopkins, apesar de não ter feito muitas trilhas a simplicidade de alguns de seus sons é sua virtude. Uma música meio ambiental eletrônica que apesar de ser extremamente tecnológica é repleta de sentimentos, consegue ser orgânica e inovadora ao mesmo tempo. Conheci o trabalho de Hopkins através do Coldplay que o creditou como co-produtor e "coloridor" no álbum Viva La Vida Or Death And All His Friends além de creditá-lo com a "luz e a mágica" de Mylo Xyloto, até utilizou uma das faixas de Jon na música Life In Technicolor. O estilo de Hopkins talvez seja o que mais se aproxima do trabalho que estou fazendo, simples mas com produção caprichada, muitas camadas de som sobrepostas compondo no conjunto uma música delicada. De certa forma a trilha de Monsters funciona pra mim como eu quero que o meu projeto funcione para os outros, não tive a oportunidade de vê-lo por sua distribuição limitada e imagino de certa forma do que o filme possa tratar.

sábado, 21 de julho de 2012

Blog#4 - Love Theme

Alguns chamam de careta, outros de brega, mas o fato é que todos se desmancham em algum grau por canções de amor. Nas trilhas sonoras não é diferente, alguns temas memoráveis me vem a mente imediatamente, como o tema de Anakin e Padmé na nova trilogia de Star Wars ou o magnífico saxofone em Blade Runner.
Trabalhar no tema amoroso da trilha é essencial, por que ele é o coração pulsante da trama, que leva adiante as aspirações do personagem. O amor é o sentimento mãe de todo e qualquer outro que leva uma pessoa a se mover, se desacomodar da onde está, tomar uma atitude, é o que colore o mundo de forma diferente. Por todos esses motivos o "Love Theme" de qualquer filme tem que ser tocante, delicado, mas também tem que movimentar, fazer algo acender no coração.
Tentar alcançar essa delicadeza e ao mesmo tempo despertar movimento é dasafiador. O processo de criação desse tema é talvez a parte mais emocionate do projeto por que é nele que se encontra mais profundamente o que o personagem realmente é, difícil de explicar mas ridiculamente fácil de entender quando se ouve as grandes trilhas.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Blog#3

Já me desculpei, até vezes demais, da qualidade do som. Dizem por aí, no entanto, que o que realmente importa, se tratando de arte, é a criatividade, quem pensa isso provavelmente tem um estúdio inteiro pra gravar ou um atelier pra pintar as paredes, mas enfim. Todo e qualquer som que você ouvir da versão final do projeto será produzido, ou foi, produzido no mesmo instrumento; um teclado Yamaha PSR E-423. Quem entende de instrumento sabe que ele pode até ser muito bom, mas é limitado. Como não sou rico nem nada é com isso que vou produzir as músicas.

A forma que encontrei para conseguir gravar os sons é bastante simples, quase artesanal. A saída de som do teclado é ligada diretamente na entrada de áudio do computador (aquela que você usa pra botar o microfone). O resto da mágica o Audacity faz, é simplório? Sim, mas funciona bem, fica chiado? Sim, mas é um chiado que até combinou com o estilo dos sons. Vou parar o texto por aqui, amanhã falo mais, enquanto isso deixo duas fotos do "local de trabalho".

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Demo do Tema Principal

Esse demo inclui pequenos trechos que vão compor o tema principal, que eu dei o nome, PROVISÓRIO, de Hino. Pode mudar bastante, pode mudar pouco, mas isso é o que eu quero mostrar por enquanto. Isso também serve pra indicar para vocês como será a qualidade do som final. Hino (demo) by Rafael Duarte

Apresentação

Assim são as ideias, uma vez que te prendem é difícil conseguir se soltar. Não sou um grande músico, não sou, mas tive a ideia de criar algo. Sempre gostei de ouvir aquelas épicas trilhas sonoras dos grandes blockbusters, quem nunca se deliciou, se emocionou, relembrou bons momentos, ao ouvir as primeiras notas características de um filme que ama. É inconfundível, toda vez que a March Imperial de Star Wars toca nós somos imediatamente transportados para aquele mundo, fica vívida a imagem de Darth Vader em nossas cabeças. Para nós, jovens dessa geração, basta ouvir aquela pequena sequência delicada, que parece saída de uma pequena caixa de música, para se transportar para o maravilhoso mundo de Harry Potter.


Enfim, mas e se fizéssemos o caminho inverso? E se alguém ouvisse pela primeira vez essa trilha sem saber de que se trata o filme, se déssemos a chance pra essa pessoa criar seu próprio mundo e sua própria história a partir destes sons? A idéia é criar uma pequena trilha sonora, para um filme não existente, que possa habilitar cada um a criar o seu próprio filme individual. Seria um pequeno álbum, ou um EP, como queiram.
Pretendo então, neste blog, apresentar a evolução da ideia, como ela toma forma e consegue alcançar seu objetivo ou não. A qualidade do som que tentarei cria com certeza não será a ideal, mas talvez dê um clima old school para o projeto (piadinha :P). Vou compartilhar os problemas e soluções técnicas, as pequenas novas idéias, o desenvolvimento de uma arte visual própria pro projeto, possíveis títulos para cada faixa e tantos outros aspectos, espero que todos aproveitem e espero que eu me divirta também. Postarei um demo do tema principal no próximo post, para já deixá-los no clima de expectativa. :)